A Assembleia Legislativa da Bahia realiza nesta quarta-feira (14), às 14 horas, sessão especial em comemoração ao Dia Internacional de Luta pela Reforma Agrária e Justiça no Campo. A data celebrada mundialmente no dia 17 de abril marca os 18 anos do massacre do Eldorado dos Carajás, no Pará, quando 19 trabalhadores Sem Terra foram assassinados e mais de 69 mutilados durante uma operação da Polícia Militar contra um ato pacífico pela Reforma Agrária.
Coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista e vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Marcelino Galo (PT), proponente da atividade, salienta a importância da luta pela democratização do acesso a terra para a justiça social e o desenvolvimento sustentável no Brasil. O petista avalia que “a luta pela Reforma Agrária e assistência técnica para os agricultores familiares devem permanecer na pauta enquanto o país não enfrentar o latifúndio e garantir às famílias do campo e das cidades o acesso a terra, com estrutura, para a produção de alimentos, geração e distribuição de riquezas”. Entre janeiro de 2003 e 25 de outubro de 2005, período em que o deputado Marcelino Galo esteve à frente da Superintendência Regional do INCRA na Bahia, a autarquia implantou 125 novos projetos de assentamentos e assentou 10.256 famílias. Nesse período houve um acréscimo de 45,67% de famílias assentadas e 42% a mais em números de projetos de assentamentos, o que fez de Marcelino Galo o superintendente do INCRA que mais realizou a reforma agrária no período na história do órgão na Bahia.
Participam da sessão especial o secretário estadual de agricultura, Jairo Carneiro, a professora Guiomar Inez Germani, do grupo de estudos Geografia dos Assentamentos na Área Rural (GeografAR), da Universidade Federal da Bahia, Wellinton Resende, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Rildo Borges, da Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), Elisangela Araújo, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FRETAF), Elionaldo de Faro Teles, da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), integrantes do Movimento de Trabalhadores Assentados Acampados e Quilombolas (CETA), do Movimento de Luta pela Terra (MLT), do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) e do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).
