Mais de 1.200 integrantes do Movimento de Trabalhadores Assentados Acampados e Quilombolas (CETA), do Movimento de Luta pela Terra (MLT), do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) e do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) ocupam desde ontem a Superintendência do Incra em Salvador. O grupo reivindica, entre outras coisas, a vistoria de 113 fazendas na Bahia para fins de reforma agrária, onde há famílias acampadas, e a regularização das famílias que estão em assentamentos no estado. A ação acontece conjuntamente em Sergipe, onde a sede do Incra em Aracaju foi ocupada por 600 trabalhadores da Pastoral Rural, entre eles agricultores do nordeste da Bahia.
“A gente espera que o Incra melhore a atuação visando o desenvolvimento das áreas de assentamento na Bahia e retome o processo de desapropriação de áreas para assentamentos de novas famílias que está paralisado”, afirma Nólia Oliveira, coordenadora estadual do Movimento de Trabalhadores Assentados Acampados e Quilombolas (CETA), que reúne na Bahia 12 mil trabalhadores (as).
Na tarde desta quarta-feira (14), de acordo com ela, os trabalhadores vão marchar até a Assembleia Legislativa da Bahia, onde às 14 horas uma sessão especial em comemoração ao Dia Internacional de Luta pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, proposta pelo deputado estadual Marcelino Galo (PT), será realizada no plenário da Casa. Já na próxima sexta-feira (16) as reivindicações serão apresentadas ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em Brasília. Nólia Oliveira acrescenta que a audiência com o presidente da autarquia, Carlos Guedes, é fruto da ocupação da Superintendência do Incra na Bahia e também servirá para apontar as necessidades do órgão no Estado para que as ações demandadas pelos movimentos sociais sejam atendidas com eficiência e agilidade.