Em discurso na Sessão Plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (11), o deputado estadual Marcelino Galo (PT) criticou a remoção da Favelinha, na Avenida Magalhães Neto, domingo passado (9), e a tentativa de higienização social promovida pela prefeitura em Salvador. O pronunciamento do petista motivou reação imediata da bancada do DEM que defendeu o reajuste do IPTU e o enfretamento às ocupações irregulares na cidade. Já odeputado Bruno Reis (PMDB) classificou a Favelinha como “um cortiço”.
“Em Salvador vimos se repetir o velho filme que aconteceu na década de 60. O jovem prefeito que não foi nomeado pela ditadura, mas sim eleito pelo povo, sob a argumentação de limpar a cidade, massacra e humilha o povo, que teve seu patrimônio destruído e subtraído na Favelinha. Então, embelezar a cidade pra quem? Embelezar a cidade para os ricos massacrando os pobres. Estamos vivendo tempos difíceis na cidade, o rapa age com violência na Ribeira, agredindo os pobres, os cordelistas, ambulantes e da mesma forma o faz na Favelinha. Isso não é democracia. O povo sentiu no bolso, a facada da traição, a classe média que elegeu esse governo sentiu a facada com o aumento do IPTU. Então seria essa administração do jovem valente prefeito que um dia quis bater no presidente Lula, mostrando todo seu desrespeito a instituições democráticas? Nos dias de hoje o que se ver é a manifestação do velho DNA. O que estamos vendo agora é que tal o avô, tal o neto, barbarizando, de modo que o povo começa a sentir e se manifestar. Então bater em pobre, em trabalhador, agir de forma antidemocrática e desrespeitar as instituições não é forma de governar. Não é democracia”, analisou Marcelino Galo.