O parlamentar, que é também presidente da Comissão Especial da Verdade da Assembleia Legislativa (Alba), acompanhou a restituição dos mandatos do ex-prefeito Pedral Sampaio e de vereadores cassados com base no AI-5. Galo citou ainda o assassinato do vereador Péricles Gusmão, morto em sessões de tortura em condições nunca esclarecidas. O deputado defende a criação de mais comissões nos municípios onde a repressão política tenha cassado mandatos ou promovido prisões arbitrárias, torturas e desaparecimentos.
Em seu discurso na audiência pública, o petista declarou a favor da assinatura de termos de cooperação técnica com a Comissão Nacional da Verdade, como fez com a comissão que preside, para formar a rede e acelerar as investigações. Para ele é necessário esclarecer as ligações entre a ditadura e empresários que financiaram e participaram do aparelho repressivo.
“Houve empresários, inclusive da mídia, que faziam tour pelos aparelhos da repressão, e isso precisa ser esclarecido”, declara Galo, para esclarecer os crimes e o legado deixado pela ditadura, que vai além da violência. Citando o exemplo de um ícone da repressão, o temido delegado Sérgio Fleury, o deputado sustenta a tese de que a promiscuidade entre agentes públicos e empresários durante a ditadura cimentou a corrupção. “Fleury foi assassinado em seu iate, coisa que o salário de servidor público não poderia comprar”, conclui.