O segundo atentado aconteceu no centro do município, onde fica a casa do docente, e foram disparados tiros na janela do seu quarto. Diferente do primeiro atentado, neste segundo, o professor não estava no local. O deputado estadual Marcelino Galo (PT), que acompanha o caso, diz que esteve na Secretaria Segurança Pública (SSP) para cobrar ações da polícia e pedir celeridade no caso envolvendo o professor que, inclusive, já retirou membros da sua família da cidade.
Hérmeson é também militante do PT e informa que foi a segunda vez em menos de um mês que tentam lhe assassinar. “A primeira tentativa foi no dia 11 de junho deste ano. Dispararam tiros na janela da sala da minha casa. Desta vez eu estava fora da cidade por alguns dias e deixei uma pessoa tomando conta da residência. Tomei conhecimento dos novos tiros através desta pessoa, que na madrugada de sábado para domingo ouviu novamente os disparos na janela do meu quarto”, declara Hérmeson. Ainda segundo o professor, ele deu queixa na polícia sobre os dois atentados, mas até o momento nenhuma informação foi passada sobre o andamento das investigações. Somente esse ano, até essa data, já foram sete assassinatos no município.
O parlamentar Marcelino Galo intermediou um encontro de Hérmeson com o subsecretário de Segurança Pública da Bahia, Ary Pereira de Oliveira, no dia 18 de junho, em Salvador. No encontro, foi cobrada pelo deputado a necessidade de investigação policial sobre o caso e solicitada a proteção policial para a vítima. Nesta mesma reunião foi discutido também o aumento da violência no município de Santa Inês. Segundo o deputado petista “é inadmissível a falta de investigação sobre o caso”. “Estou acompanhado o caso e, se acreditam que isso é uma forma de intimidar politicamente o professor, estão enganados, não vão conseguir. As investigações vão apontar quem são os responsáveis e a polícia, com certeza, prenderá os suspeitos”, completa.