“O PT reconhece que é um grande passo para a participação popular a realização do plebiscito, sobretudo, a respeito da reforma política. Temos que lutar para modificar a maneira de fazer política no país, tendo mais presença da população para opinar e construirmos uma democrática mais participativa”.
De acordo com Galo, o fim da suplência no Senado, por exemplo, é um dos temas que devem ser incluídos no debate, assim como o voto em lista. “O povo cansou de votar em pessoas, quer votar em ideias e isso faz uma grande diferença”, afirma. O petista também defende o financiamento público exclusivo de campanha. “Não é interessante que empresas financiem campanhas para depois cobrar pelo apoio. Acabando com essa prática, poderemos combater realmente a corrupção, desatrelando os políticos e a política do poder econômico”, completa.
Outro tema considerado importante pelo petista é a paridade de gênero, onde homens e mulheres em igual número serão representados pelo povo brasileiro. “Na minha opinião, se aprovarmos as perguntas que Dilma propôs de acordo com a pauta histórica do campo democrático popular, teremos um avanço gigantesco na política do nosso país”. Segundo Galo, “essa é a oportunidade, criada pelo próprio povo, para mudar de vez as coisas, ou talvez a gente parta para um sistema pior e leve mais 30 anos para conseguir mudar alguma coisa estrutural de novo”.
O deputado petista também defende o fim das coligações por acreditar “que votar em um conjunto de ideias é diferente do que votar em um conjunto de interesses”. Na lista de Marcelino Galo, ainda constam temas como o fim do voto secreto, fim da reeleição, mandato de 5 anos e eleições conjuntas. “Realizar eleição de dois em dois anos foi importante para o Brasil durante a retomada da democracia. Após anos de ditadura, o hábito de ir às urnas eleger nossos representantes a cada dois anos fortaleceu muito a democracia do Brasil, mas acredito que não mais precisamos disso. Eleição de dois em dois anos significa que sempre uma parte dos governos vai parar de dois em dois anos para se dedicar à eleição”.