O deputado estadual Marcelino Galo (PT) comentou a situação. “Não podemos deixar que uma comunidade quilombola tão antiga, que plantou ali toda a sua cultura há mais de 100 anos, seja despejada. As comunidades remanescentes quilombolas têm direitos garantidos na Constituição e é preciso que esta lei seja cumprida. As famílias estão ali desde a época da abolição da escravatura, antes da criação da Base Naval, por isso não há motivo maior que o direito à moradia, dignidade e cidadania dessas famílias. Nosso mandato continuará acompanhando de perto a resolução deste caso”, ressaltou o parlamentar.
A Marinha já entrou com três processos de reintegração de posse, sendo que o último deles venceu o prazo no domingo. Mas, em audiência pública realizada no dia 27 de fevereiro, com a presença de representantes do governo federal, ficou acertado que a reintegração ficaria suspensa por cinco meses. Neste período será finalizado o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação realizado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para identificar detalhes sobre a propriedade da área. Lideranças do movimento negro, representantes de organizações não governamentais e parlamentares acompanham a ação.